Beth Sahão Indica R$ 59 Milhões em Emendas Para a Região de Catanduva
A deputada estadual Beth Sahão (PT) indicou R$ 59 milhões para a região de Catanduva em emendas ao orçamento do Estado para o próximo ano. A maior parte do dinheiro, R$ 30 milhões, foi indicada para a incorporação de instituições de ensino envolvendo o Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES-Fafica) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Além do dinheiro para a incorporação do IMES pela Unesp, a deputada indicou também R$ 12 milhões para a área de saúde; R$ 10 milhões para infraestrutura; R$ 5 milhões para obras na Rodovia Alfredo Jorge Abdo, entre Catanduva e Pindorama; e R$ 2 milhões para creches.
De acordo com a deputada, as emendas apresentadas deverão agora passar pelo relator da comissão da Assembleia Legislativa do Estado para o orçamento, o deputado Marco Vinholi (PSDB), que decide sobre a incorporação das emendas ao projeto do orçamento. Depois disso, as emendas devem ainda ser analisadas pela comissão e plenário da Assembleia. Se aprovadas pelos deputados, ainda dependerá de aprovação também pelo Governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que os recursos tenham a destinação sugerida pela petista.
Questionada sobre os valores indicados, a deputada afirmou que constar no orçamento seria o primeiro passo para os pedidos. “Estamos nessa luta da encampação faz muito tempo. Não é uma luta nova. Então, se a gente não põe, não pode nem lutar por isso porque não tem previsão orçamentária. Pelo menos faço a previsão orçamentária e vamos lutar. Não posso criar esperança para as pessoas, mas se não tiver no orçamento não sai mesmo”, afirmou.
Sobre a tramitação das emendas na comissão de orçamento passando por aval do adversário político Marco Vinholi, a deputada foi incisiva: “Ele devia deixar de lado esse histórico de ser adversário político e pensar na cidade que ele mora. Isso deveria nortear a postura dele, como eu pensei na cidade que eu moro”.
A respeito da crise alegada pelo Governo paulista, a deputada avaliou que Alckmin pode otimizar a arrecadação. “O Governo sempre pinta a situação pior do que ela é. O Governo vem promovendo sucessivas desonerações em vários setores e deixado de arrecadar bilhões. Para se ter uma ideia só a desoneração dos agrotóxicos tem um R$ 1,2 bilhão que o Governo deixa de arrecadar. Então, se o Governo fizer um trabalho apurado e minucioso consegue melhor a arrecadação sem sacrificar a população. É uma contradição do Governo, se a crise é tão grave como é que vou abrir mão de receita. Não é pelo emprego, porque o resultado que estamos vendo não é esse. Dos 13 milhões de desempregados, 4 milhões estão aqui no Estado”, completou.
Nathália Silva
Da Reportagem Local