Catanduva é a 30ª melhor do Estado em desenvolvimento, aponta Firjan

03/06/2014 20:49

Catanduva fica 28 pontos atrás de Rio Preto em pesquisa de desenvolvimento

 Índice é o mesmo há seis anos

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Catanduva é a 30ª melhor cidade do Estado para se viver e a 39ª no país, segundo pesquisa do IFDM (Índice de Desenvolvimento Municipal). O município se enquadrou no item azul, com pontuação 0,8644.

O melhor resultado foi o relacionado com a educação, com pontuação 0,9238, seguido pelo segundo item analisado, Saúde, que teve pontuação de 0,8937. O terceiro e último setor analisado foi também o pior na análise do FIRJAN, em Catanduva, 0,7758, figurando em resultado moderado.

Em seis anos (de 2005 para 2011), a cidade pouco evoluiu, já que revelou, em 2005, um índice 0,8351.

O IFDM avalia os municípios do país em quatro indicadores – azul (alto), com pontuação acima de 0,8%, azul claro (moderado), com pontuação entre 0,6 e 0,8, amarelo (regular), com pontuação entre 0,4 e 0,6, e vermelho (baixo), com pontuação, menos de 0,4 – e foi criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), para acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros.

O Índice revelou, em sua 6ª edição, que 638 dos 645 municípios paulistas (98,9%) apresentaram nível de desenvolvimento alto ou moderado. O Estado ficou com os 11 primeiros colocados do país e com 67 cidades no top 100.

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011.

A capital, São Paulo, apresentou índices muito semelhantes ao de Catanduva, ficando em 40º, no índice nacional e em 31º no índice estadual, nos dois casos apenas 1 ponto a menos que em Catanduva.

No nível nacional, São Carlos ficou nas posições 148ª e 90ª, no estadual. Araçatuba também ficou bem abaixo dos índices de Catanduva, ficando nas posições 191ª e 107ª (respectivamente federal e estadual).

Para o presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial de Catanduva), Alex Tomazini, o fato de Catanduva ter revelado seu pior índice na área de geração de emprego e renda é um reflexo da mecanização da cana, que vem aumentando desde 2000 e em parte também da importação de produtos chineses, que acabam desvalorizando a produção industrial local. “A contratação no setor de prestação de serviços aumentou, mas não é algo considerável, porque é sazonal. As contratações efetivas dependem da abertura de novas empresas”, afirma.

Com relação ao Distrito Industrial que recentemente recebeu investimentos públicos, Tomazini frisa que será preciso dar oportunidade para que as empresas se expandam, conforme forem crescendo. “Só assim será possível fazer crescer a oferta de empregos”.

O mestre em educação financeira, Marcílio Bortoluci, considera bom o resultado conquistado pelo município, em comparação com outros municípios, entretanto, pondera que o índice menor apontado para o setor de geração de empregos deve ser visto como um alerta. “O que faz todo mundo crescer é a geração de empregos. Isso incentiva o comércio, as entidades, a qualidade dos serviços de saúde e da educação, porque mais pessoas terão condições de consumir inclusive serviços de saúde privada, desafogando o setor público. A geração de renda é o pilar que sustenta os outros dois (saúde e educação). Se os postos de trabalho fecham, gera um efeito dominó negativo”, avalia. “Não podemos achar que só porque Catanduva está entre as 30 melhores do Estado está bom, mas sim lutar para que indústrias atraiam profissionais que se fixem aqui e não apenas trabalhadores sazonais, que não desenvolvem a cidade”, complementa.

 

Cidade campeã

Louveira ocupa o 1º lugar, principalmente pelo ótimo desempenho em Emprego e Renda (0,8807), a 4ª maior nota do país nesse quesito.

‘Feitiço’ que atrai quem sai e faz ficar quem vem

André Luís Máximo, vendedor na área de automação industrial, nasceu em Catanduva e diz que, apesar de já ter se mudado, ao longo da vida, para várias outras cidades, sempre acaba voltando e atualmente se diz satisfeito com seu trabalho. O contrário também acontece. A cidade atrai pessoas de outras cidades e até de Estados longínquos para trabalharem aqui. É o caso do vendedor Sebastião Pedenicio, natural de Rio Branco (Acre) e que trabalha em Catanduva como vendedor de tintas. Penedicio considera a infraestrutura da cidade boa, “apesar de ouvir muitas reclamações por parte dos catanduvenses”, e acha que a quantidade de empresas é grande, em comparação com o tamanho da população. “Vendo muita tinta industrial”, conta o vendedor, que afirma ter procurado esta região noroeste paulista por motivos diferentes da maioria dos nordestinos que vem para cá. “A região norte é totalmente diferente, tanto é que muitos paulistas até se mudam para lá, para atuarem, enquanto 90% dos acreanos que vêm para São Paulo vêm em busca de melhorar seu nível educacional. É o caso da minha filha, que está fazendo cursinho para fazer faculdade de medicina”, diz.

 

Índice da região

Cidade           Nacional         Estadual

Rio Preto          2ª                     2ª

Votuporanga   6ª                   6ª

Ariranha     175ª                101ª

Santa Adélia  221ª                 118ª

Itajobi              308ª                174ª

Uchoa             453ª                 197ª

Pindorama     735ª                293ª

Urupês       1.184ª                410ª

Palmares Paulista  1.362ª     448ª

Catiguá 1.679 ª                         505ª

Irapuã  2.249ª                       575ª

Pirangi   2.410ª                      592ª

 

Adriana Moura

adriana.moura@diariodaregiao.com.br

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