Catanduva ultrapassa os sete mil casos de dengue neste ano
09/03/2015 22:46
Em menos de uma semana, o número de casos de dengue confirmados emCatanduva (SP) aumentou quase 50%, passando de sete mil casos. A cidade, com população estimada em 110 mil habitantes, enfrenta uma das situações mais críticas do estado de São Paulo.
Cidade enfrenta uma das situações mais críticas do estado de São Paulo.
Agentes de saúde foram autorizados a entrar nas casas fechadas.
Em menos de uma semana, o número de casos de dengue confirmados emCatanduva (SP) aumentou quase 50%, passando de sete mil casos. A cidade, com população estimada em 110 mil habitantes, enfrenta uma das situações mais críticas do estado de São Paulo.
Para combater a doença, os agentes de saúde do município foram autorizados a entrar nas casas fechadas e limpar os terrenos, quando algum criadouro é encontrado o proprietário recebe uma multa.
A prefeitura também aposta em uma medida paliativa para combater o mosquito transmissor da dengue: sementes de crotalária estão sendo distribuídas nas escolas da cidade. A planta atrai a libélula, um predador natural do Aedes aegypti. O biólogo Fernando Barbosa Noll fala da importância do inseto no combate da doença: “Algumas espécies das libélulas, principalmente as menores, acabam se alimentando de larvas do mosquito da dengue. Como é uma larva aquática, ela vai estar no mesmo ambiente que indivíduo jovem da libélula”, explica o biólogo da Unesp.
Sete mil e quinhentos alunos já receberam as sementes. Mário Henrique Saravali quer participar do combate à dengue. “Eu vi que é para ajudar a diminuir os focos, vou levar pra minha casa e plantar”, conta o estudante.
A orientação é plantar a semente no fundo do quintal ou perto de muros. A secretária do meio ambiente de Catanduva, Kátia Penteado, alerta que é necessário ter cuidados com o plantio da crotalária em áreas urbanas. “É uma planta que floresce muito, ela atrai vários tipos insetos, não apenas a libélula. Dentro de casa, o ideal é plantá-la de acordo com o número de pessoas que vivem no local para que não se acarrete em uma superpopulação do inseto no momento da florada”, finaliza a secretária.
