Desaparecimento da Professora Fabiana Completa Um Ano
27/07/2014 13:49
Caso segue em sigilo, Polícia Civil ainda aguarda resultado de laudos periciais
Neste domingo completa um ano exato do desaparecimento da professora Fabiana Cristina de Paula, vista pela última vez no dia 26 de julho de 2013, após se despedir de amigos em um bar. No dia 27 de julho, o último contato foi por meio de uma ligação telefônica.
De acordo com uma prima da professora, que era muito próxima a ela, C.M.S, de 32 anos, mesmo com o caso em sigilo toda a família continua acompanhando o trabalho da Polícia, porém, ainda não tem respostas sobre o paradeiro da vítima.
“Temos esperanças de encontra – lá, principalmente porque não sabemos de fato o que aconteceu. Porém aguardamos em Deus. Na esperança que em algum momento a resposta chegue. Eu não consigo imaginar o que possa ter acontecido. E nem quero pensar, pois dói, aliás, quase um ano depois remexer na história da Fabiana dói e machuca a todos da família”, desabafou.
Os doze meses sem uma resposta concreta afetam os familiares. “O sentimento que fica é dor, angústia, medo e de injustiça. Éramos unidas, vivíamos juntas. Além de primas, melhores amigas. A saudade é sem fim e só aumenta. O tempo passa, o sofrimento aumenta e continuamos sem respostas”.
Para a Polícia Civil o que dificultou um pouco as investigações foi a demora na comunicação do desaparecimento da vítima, que chegou ao conhecimento da Civil quase uma semana depois.
Entretanto, as buscas foram iniciadas na seqüência. A primeira pista encontrada foi o carro (Monza azul) em que Fabiana estava. O veículo foi encontrado em um canavial próximo a uma estrada no sentido de Novais. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Dr. Hélvio Roberto Bolzani, o veículo passou por perícia, porém, nenhum vestígio (sêmen, saliva, cabelo) foi encontrado, sendo solicitado uma nova perícia.
Outra linha de investigação foi o mandado de buscas na casa do ex-marido da professora, que mora na zona rural. Na casa foi encontro um arsenal de armas, que também passou por perícia. Na época o ex-marido foi ouvido, deixando claro que não teria mais nenhum contato com a professora.
Durante as investigações a Polícia chegou ainda a apontar que um suposto estuprador, que seria o suspeito do desaparecimento da professora, por ter feito vítimas com a característica semelhantes da professora, mas a suspeita foi descartada.
Outra dificuldade que a DIG-Delegacia de Investigações Gerais- encontrou é a liberação de laudos de perícias realizadas nos computadores da professora e do ex-marido. “Dependemos destes resultados, existem outras diligências sendo realizadas, em nenhum momento deixamos o caso parado, apenas trabalhamos em sigilo, para tenhamos prova concreta, temos um forte suspeito, mas não podemos afirmar nada sem prova”, disse o delegado Bolzani.
“Enquanto não tiver uma resposta, não vamos seguir nossas vidas normalmente. Isso é impossível. Pois a Fabiana está em nossos pensamentos todos os dias. Tivemos que seguir nossas vidas, porém com essa angústia. É muita injustiça, destruiu uma família, tirou nossa alegria”, conclui a prima da professora.
CASO
A professora Fabiana Cristina de Paula, moradora do bairro Borgonovi em Catanduva, foi vista pela última vez do dia 26 de julho, após se despedir de amigos, em uma casa noturna. No dia seguinte, no sábado, 27, o último contato ocorreu por telefone, às 17h30. Após este horário, amigos e familiares não conseguiram mais contato com a mesma.
Por: Patrícia Santos