Vereadores apontam péssima qualidade do asfalto em diversos pontos da cidade

31/03/2012 14:04

 


O asfalto catanduvense está deteriorando e abrindo crateras inexplicáveis. Os vereadores da Câmara Municipal apontam que além de não ter qualidade, a forma com que a Prefeitura está procedendo não seria correta. Vagner Luiz Pimpão Bersa leva consigo uma mostra do pedaço de asfalto que possui poucos centímetros. 

“O asfalto de Catanduva não possui qualidade. É recapear, vir uma chuva e logo tudo fica esburacado novamente”, afirma. 

A mesma opinião é a dos vereadores Onofre Baraldi e Francisco Batista de Souza, o Careca, ambos do PDT. Eles percorreram por diversas partes da cidade e constataram que não há qualquer durabilidade no asfalto empregado em Catanduva. 

Questionada, a Prefeitura afirmou que com relação à pavimentação asfáltica, existem duas formas de se fazer o asfalto: misturados a frio e a quente. Em Catanduva, a forma mais utilizada é o asfalto usinado a frio. Isto porque, segundo a Prefeitura, para o asfalto a quente são exigidos maquinários mais sofisticados, dos quais a Prefeitura não dispõe, e, para tanto, é preciso contratar serviço terceirizado, o que pode causar alguns dissabores, já que o processo licitatório não visa qualidade do serviço, mas o preço mais baixo. 

“No caso do asfalto a frio, é feita a mistura asfáltica de pedra, conhecida como piche, com os agregados. Tudo isso é misturado num grande liquidificador, transportado em caminhões e esparramado nas ruas onde existe a necessidade do recapeamento ou do asfalto propriamente dito. Em seguida, é feita a compactação”, afirma. 

VIDA CURTA

A Prefeitura admite que a vida útil do asfalto a frio, em relação ao quente, é menor e que outra desvantagem do asfalto a frio é a cura mais demorada. “Quando a via recebe a mistura do asfalto a quente, o trânsito pode ser aberto imediatamente. No caso do asfalto a frio, a cura leva de 24 a 36 horas. Porém, os custos são menores e a Prefeitura não fica à mercê da empresa vencedora da licitação”, argumenta, lembrando que a vida útil também pode variar de acordo com o uso do pavimento. 

Questionada sobre a durabilidade do asfalto das rodovias com o asfalto aplicado na cidade, a pasta explica que em vias frequentemente utilizadas, principalmente com veículos de alta tonelagem, a vida útil dos asfaltos, seja a frio ou a quente, quase que se equivalem. É o caso de rodovias, como a Washington Luís e a Comendador Pedro Monteleone, recapeadas há pouco tempo com asfalto a quente. “A Rodovia da Laranja já está sendo recuperada em alguns trechos, em menos de um ano da duplicação. Isso porque recebe uma carga diária de veículos pesados. Sem contar que, no caso das rodovias, são utilizados equipamentos vibratórios de grande capacidade de compactação do solo. Este tipo de equipamento não pode ser usado dentro das cidades porque traz avaria aos imóveis”, afirma a Assessoria de Comunicação.

De acordo com a pasta, diferente das rodovias, as ruas de uma cidade também sofrem interferências com as redes de água e de esgoto, as ligações domiciliares e as galerias de águas pluviais. “Qualquer vazamento traz transtornos ao pavimento”, diz.

 

https://www.oregional.com.br/portal/detalhe-noticia.asp?Not=276810